Representantes de Cachoeira no Ministério das Cidades

 Ministério das Cidades

Deputado Federal Luis Argolo, Prefeito Tato, Ministro das Cidades  Mario Negromonte, Deputado Estadual Nelson leal, Vereador CARLOS PEREIRA
  Cachoeira será contemplada com 59 casas populares                                  

Sessão Ordinária do dia 28 de Março de 2011

Na sessão ordinária da noite de ontem 28, o Vereador Carlos Pereira usou o momento das representações partidárias para relatar as conquistas para o município da Cachoeira, adquiridas em sua viagem à Brasília na semana passada.

No ministério da Integração Nacional Carlos Pereira solicitou a construção de uma contenção e a requalificação do alto da Rodagem. No Ministério das cidades a solicitação foi para a construção de 59  casas populares. Carlos Pereira ainda informou a comunidade Cachoeirana, da instalação de uma Indústria de Encubatório de Pintos que irá gerar inicialmente 100 empregos para os Cachoeiranos.
Por fim o vereador  informou que na próxima quinta feira  dia 31 de março às 15:00hs estará reunido com o Governador do Estado da Bahia e o deputado representante de Cachoeira na assembléia Legislativa Nelson Leal, para tratar sobre a obra de asfaltamento da estrada que liga a Ba 026 até o povoado de São Francisco do Paraguaçu.

Cleber Brito
Assessor Especial 

24 de março de 2011

O Vereador Carlos Pereira, está em Brasilia em companhia do Prefeito Tato e do Deputado Federal Luiz Argolo.
Os representantes de Cachoeira foram ao Ministério das Cidades e da Integração, para pleitear a obra de alvenaria e encosta do Alto da Rodagem, local considerado área de risco na cidade da Cachoeira.
Cleber Brito 
Assessor Especial 

Dia Mundial da água, SALVE O RIO PARAGUAÇU

22 de Março dia Mundial da água




O Dia Mundial da Água foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1993.
Devemos divulgar a importância da qualidade da água na vida das pessoas, principalmente por que a humanidade vive hoje os primeiros capítulos de uma crise de escassez, que tende a se aprofundar nas próximas décadas, caso não sejam tomadas ações globais no sentido de promover o uso sustentável do recurso.
Água limpa é vida, e se o desejo é por um mundo saudável, é preciso que pessoas, comunidades e governos assumam hoje um compromisso com a conservação desse bem natural tão precioso.

Amigos Cachoeiranos vamos nos unir para Salvar o nosso querido Rio Paraguaçu.
Carlos Pereira

Homenagem ao poeta dos escravos Castro Alves 14 de março de 2011

Castro Alves

Biografia
 
Aos quatorze dias do mês de março, no ano de 1847, nasceu Antônio de Castro Alves, na fazenda Cabaceiras, a sete léguas da vila de Curralinho, hoje cidade de Castro Alves. Era filho do Dr. Antônio José Alves e D. Clélia Brasília da Silva Castro. Passou a infância no sertão natal, e em 54 iniciou os estudos na capital baiana. Aos dezesseis anos foi mandado para o Recife. Ia completar os preparatórios para se habilitar à matrícula na Academia de Direito. A liberdade aos 16 anos é coisa perigosa. O poeta achou a cidade insípida. Como ocupava os seus dias? Disse-o em carta a um amigo da Bahia: "Minha vida passo-a aqui numa rede olhando o telhado, lendo pouco fumando muito. O meu ‘cinismo’ passa a misantropia. Acho-me bastante afetado do peito, tenho sofrido muito. Esta apatia mata-me. De vez em quando vou à Soledade." Que era a Soledade? Um bairro do Recife, onde o poeta tinha uma namorada. O resultado dessa vadiagem foi a reprovação no exame de geometria. Mas em 64 consegue o adolescente matricular-se no Curso Jurídico. Se era tido por mau estudante, já começava a ser notado como poeta. Em 62 escrevera o poema "A Destruição de Jerusalém", em 63 "Pesadelo", "Meu Segredo", já inspirado pela atriz Eugênia Câmara, "Cansaço", "Noite de Amor", "A Canção do Africano" e outros. Tudo isso era, verdade seja, poesia muito ruim ainda. O menino atirava alto. "A poesia", dizia, "é um sacerdócio — seu Deus, o belo — seu tributário, o Poeta." O Poeta derramando sempre uma lágrima sobre as dores do mundo. "É que", acrescentava, "para chorar as dores pequenas, Deus criou a afeição, para chorar a humanidade — a poesia." Mas, no dia 9 de novembro de 1864, ao toque da meia-noite, na sotéia em que morava, o poeta, que sem dúvida se balançava na rede, fumando muito, sentiu doer-lhe o peito, e um pressentimento sinistro passou-lhe na alma. Pela primeira vez ia beber inspiração nas fontes da grande poesia: essa a importância do poema "Mocidade e Morte" na obra de Castro Alves. Uma dor individual, dessas para as quais "Deus criou a afeição", despertou no poeta os acentos supremos, que ele depois saberá estender às dores da humanidade, aos sofrimentos dos negros escravos (O Navio Negreiro), ao martírio de todo um continente (Vozes d'África). Não era mais o menino que brincava de poesia, era já o poeta-condor, que iniciava os seus vôos nos céus da verdadeira poesia. Naquela mesma noite escreve o poema, tema pessoal, logo alargado na antítese mocidade-morte, a mocidade borbulhante de gênio, sedenta de justiça, de amor e de glória, dolorosamente frustrada pela morte sete anos depois.
Biografia A versão primitiva do Poema foi conservada em autógrafo, documento precioso porque revela duas coisas: o poeta não se contentava com a forma em que lhe saíam os versos no primeiro momento da inspiração; na tarefa de os corrigir e completar procedia com segura intuição e fino gosto. Cotejada a primeira versão com a que foi publicada pelo poeta em São Paulo, por volta de 68-69, verifica-se que todas as emendas foram para melhor. Baste um exemplo: o sexto verso da segunda oitava era na primeira versão "Adornada" com os prantos do arrebol, substituído na definitiva por "Que" banharam de prantos as alvoradas, verso que forma com o anterior um dístico de raro sortilégio verbal.

"vem! formosa mulher — camélia pálida, Que banharam de pranto as alvoradas".

Quase a meio do curso, em 67, o poeta, apaixonado pela portuguesa Eugênia Câmara, parte com ela para a Bahia, onde faz representar um mau drama em prosa — "Gonzaga" ou a "Revolução de Minas". Era sua intenção concluir o bacharelato em São Paulo, aonde chegou no ano seguinte. A sua passagem pelo Rio assinalou-se pelos mesmos triunfos já alcançados em Pernambuco. Em São Paulo, nos fins de 68, feriu-se num pé com um tiro acidental por ocasião de uma caçada, do que resultou longa enfermidade, em que teve o poeta que se submeter a várias intervenções cirúrgicas e finalmente à amputação do pé. O depauperamento das forças conduziu-o à tuberculose pulmonar, a que sucumbiu em 71 no sertão de sua província natal. Antes de regressar a ela, publicara, em 70, o livro "Espumas Flutuantes", cantos por ele definidos como rebentando por vezes, ao estalar fatídico do látego da desgraça", refletindo por vezes "o prisma fantástico da ventura ou do entusiasmo".
Vulgarmente melodramático na desgraça, simples e gracioso na ventura, o que constituía o genuíno clima poético de Castro Alves era o entusiasmo da mocidade apaixonada pelas grandes causas da liberdade e da justiça — as lutas da Independência na Bahia, a insurreição dos negros de Palmares, o papel civilizador da imprensa, e acima de todas a campanha contra a escravidão. Mas este último tema não figurava nas "Espumas Flutuantes". As composições em que o tratava deveriam formar o poema "Os Escravos", o qual teria como remate "A Cachoeira de Paulo Afonso", publicada postumamente. Deixava ainda o poeta outras poesias avulsas, que era seu propósito reunir em outro livro intitulado "Hinos do Equador".
Ao livro "Os Escravos" pertenceriam "Vozes d'África" e "O Navio Negreiro", os dois poemas em que o poeta atingiu a maior altura de seu estro. O primeiro é uma soberba apóstrofe do continente escravizado, a implorar justiça de Deus. O que indignava o poeta era ver que o Novo Mundo, "talhado para as grandezas, pra crescer, criar, subir", a América, que conquistara a liberdade com formidável heroísmo, se manchava no mesmo crime da Europa.
No "O Navio Negreiro" evocava o poeta os sofrimentos dos negros na travessia da África para o Brasil. Sabe-se que os infelizes vinham amontoados no porão e só subiam ao convés uma vez ao dia para o exercício higiênico, a dança forçada sob o chicote dos capatazes.
Em Castro Alves cumpre distinguir o lírico amoroso, que se exprimia quase sempre sem ênfase e às vezes com exemplar simplicidade, como no formoso quadro do poema "Adormecida", o poeta descritivo, pintando com admirável verdade e poesia a nossa paisagem, tal em "O Crepúsculo Sertanejo", cumpre distingui-lo do épico social desmedindo-se em violentas antíteses, em retumbantes onomatopéias. A este último aspecto há que levar em conta a intenção pragmática dos seus cantos, escritos para serem declamados na praça pública, em teatros ou grandes salas —, verdadeiros discursos de poeta-tribuno. E há que reconhecer nele, mau grado os excessos e o mau-gosto ocasional, a maior força verbal e a inspiração mais generosa de toda a poesia brasileira.


Manuel Bandeira